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Criar Um Filho Pode Custar Até R$ 2 Milhões Até Os 18 Anos
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Os gastos médios mensais de uma família com um filho no Brasil aumentaram cerca de 20% nos últimos cinco anos
- Por Brendow Felipe
- 16/07/2023 15h18 - Atualizado há 1 ano
Criar um filho sempre foi uma responsabilidade financeira significativa para os pais, mas dados recentes indicam que os custos associados a essa tarefa têm aumentado consideravelmente. Estudos e pesquisas revelam que criar um filho se tornou um desafio financeiro para muitas famílias, com despesas que vão desde alimentação e educação até cuidados médicos e lazer.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP), os gastos médios mensais de uma família com um filho no Brasil aumentaram cerca de 20% nos últimos cinco anos. A inflação, somada ao aumento dos preços de produtos e serviços essenciais, tem contribuído para esse cenário desafiador.
Os valores gastos com um filho até os 18 anos vão de R$ 480 mil a R$ 1,2 milhão para a classe média (com renda familiar mensal de R$ 5.281 até R$ 13,2 mil). Na classe B (entre R$ 13.201 e R$ 26,4 mil), de R$ 1,2 milhão até R$ 2,4 milhões.
A alimentação é uma das despesas mais significativas na criação de um filho. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o custo com alimentação para uma criança de até 10 anos representa aproximadamente 30% do orçamento familiar. O aumento nos preços dos alimentos básicos, como arroz, feijão, carne e leite, tem impactado diretamente as despesas das famílias.
Além disso, os gastos com educação também têm um peso considerável no orçamento familiar. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o custo médio anual de uma criança na escola privada pode chegar a mais de R$ 20.000, considerando mensalidades, material escolar e atividades extracurriculares. Já no ensino público, apesar de ser mais acessível, os gastos com transporte e uniforme ainda são significativos.
Outro fator que contribui para o aumento dos custos na criação de um filho são os cuidados médicos. Planos de saúde, consultas médicas, vacinas e medicamentos são despesas recorrentes e que podem pesar no bolso das famílias. Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) indicam que os valores das mensalidades dos planos de saúde têm aumentado acima da inflação nos últimos anos, tornando-se um desafio adicional para as famílias.
Além das despesas básicas, há também os gastos com lazer e atividades extracurriculares, que são importantes para o desenvolvimento das crianças. Aulas de esporte, música, dança e até mesmo viagens em família representam um custo adicional que muitas vezes precisa ser equilibrado com outras despesas essenciais.
Diante desse cenário desafiador, é fundamental que as famílias busquem alternativas para lidar com os altos custos de criar um filho. Planejamento financeiro, economia consciente, pesquisa de preços e busca por programas de governo e benefícios sociais podem ajudar a amenizar o impacto financeiro.
O governo também desempenha um papel importante ao implementar políticas públicas que visem a redução desses custos, como a oferta de creches e escolas de qualidade a preços acessíveis, bem como a ampliação de programas de auxílio financeiro para famílias de baixa renda.
Os dados recentes confirmam que criar um filho se tornou cada vez mais caro nos últimos anos. Os gastos com alimentação, educação, cuidados médicos e lazer têm impactado significativamente o orçamento familiar. É fundamental que as famílias busquem estratégias para lidar com essas despesas, enquanto o governo deve implementar políticas que promovam a redução desses custos, garantindo um desenvolvimento saudável e digno para as crianças.